sábado, 24 de março de 2012
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Voltei a falar comigo como se estivesse lendo uma história minha. Parece que não estou em mim, mas, sou em quem dito.
Tudo começou depois de os choros frequentes pós –saída das paredes brancas e pequenas que podem terem se tornado um tanto apresentáveis com o costume, mas não deixará de ter marcas de uma vida, que já viveu. Sentada a esperar o ônibus, bem dentro daqueles instantes em que soluço dá uma pausa de três segundos para ver que meninos carentes tinham medo de um cachorro classudo  de “marca” e que quando desistiram de enfrentar o que era bonito na vista mas talvez doloroso na realidade ganharam  o carinho daquele que temeram. É.. hj em dia crianças temem cachorros. O que será de nós daqui a poucos anos.
Estamos lotados de medo. Lotados de medo. E tachamos ele com tudo que é nome: Covardia( que é palavras de adulto junto com a expressão: ‘Você é um fraco!’), Orgulho, Jeito de ser,manias, peripércias.. tudo isso não passa dos medos de infância que esquecemos de desobstruir! Desobstruir!
Parecemos um  monte de mula empada ora!
Outro dia.. tbm saindo das paredes faladas a pouco.. vi dois garotos de skate! O que há de novo? Tudo! Eles estavam no meio de uma avenida movimentada.. correndo atrás de um cavalo solto.. Com o skate!
Eles viviam naquele instante.
O que eu quero dizer é que ‘nossos sonhos perderam-se no fio da vida’
E que fizemos?
Li falou algo de que não esqueço: Agora é bonito ser depressivo.
Vi pessoas animadas em dizer que tomam do mesmo remédio que tomei.
Bebem do mesmo veneno que provei.
Doem por dentro do mesmo jeito.
Existem aqueles que estão tão doídos que jogam a dor nas costas do próximos, e não pensem que são vocês nos outros não! Vocês estão com uma puta de uma carga maior do que eles .. pq estão calados arrumando desculpas para não fechar os olhos e ir sem medo.
Eles podem rir pq a carga já passou.
Olha! Não tenho medo da morte há muito tempo, desde quando ela me prometeu que as injustiças não eram culpa dela. Ela é só mais uma trabalhadora.
Qual o medo de pular.
Deve ser melhor, ficar parado sendo alvo de pedras, enquanto tantos te pedem para segurar por ser só isso que são.
As pedras já nos feriram muito.
E só seremos os pais de uma geração boa, se pularmos como outros já pularam.. para achar a bendita casa do campo.
Escolha suas armas.
Exclua pessoas.
Faça melhor dos que te passaram na cara.
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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
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Todos somos como grandes dores envolvidas em lindas embalagens de alegrias, satisfação e sorrisos.
E agora eu contradigo o dizer que não importa a embalagem.
Guarde sempre suas embalagens.
Pois quando o produto for consumido, precisará dela,  Precisará compartilhar ela com seu próximo.. muito provável mente ela também terá consumido a angustia que sufoca.
Todos sabemos, não é novidade para ninguém que volta e meia estamos sendo surpreendidos por choros repentinos vindo do centro da alma. Todos jorramos desabafos. Isso não é pueril ou irracional. Infantil é prender o choro por se achar um super-herói de se mesmo.
Todos precisamos de todos.
A existência é o resultado da comunhão de seres humanos.
Mostre sua dor com um sorriso, ao menos, leve.
Terá de volta um sorriso com uma leve dor mostrada.
O ser humano não é só imagens de felicidade e êxito.
Compartilhemos todos, já que fazemos todos parte do mesmo ciclo.
O ciclo da vida.
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Prestando atenção em coisas que eu não sei o nome!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
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Andamos então pela chuva.. um silêncio  que explicava cada olhar assustado perante qualquer ruído que causamos ao longo dos passos. Ambas já ouviu uma a outra. A audição sempre foi o que melhor nos distinguia, ser ouvinte não é prestar favores ao coração gritante de quem está olhando sua alma é simplesmente flutuar junto com este sobre suas palavras, encontrar as flores e espinhos da viagem e soltar a bagagem durante ela.
Até um muro que escondia um imenso jardim caminhamos. Toda a beleza de Beatrice lhe causava tantos problemas.. notamos a perseguição. Ela tinha tamanha facilidade em saltos/ pulos. Num fechar de olhos Beatrice largou a caminhada na chuva e saltou o muro.. correndo para onde não sei.
E por um bom tempo não a vi.

Qual o equilíbrio entre a seriedade e o brincar?
Onde está o muro que as separam?
Por que o adulto se convence ser diferente da criança?
E por que a criança deseja com tanto esmero ser adulto?



Não há barreiras que não sejam criadas pela mente humana.
Sempre se está pronto para um sorriso mesmo que a dor seja grande.
Sempre se está a espera da falta de ar.
Do êxtase por nada .
Nascemos para o belo.
Shoppenhauer  já nos falava que essa busca desenfreada por felicidade só é saciada quando se dar freios.
Para que a pressa?
Tudo é de fato mais feliz quando já não há espera nos olhos.
Tudo é mais encantador quando está por um fio.
E do nada o fio começa a reluzir o caminho de volta ao eterno!
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"Angústia é um nó muito apertado bem no meio sossego." (Adriana Falcão)

terça-feira, 29 de novembro de 2011
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Beatrice.
 Uma espécie de força mística além do explicável pelo que chamamos de consciência.
Mas, espera um pouco.

Esse contar não começa com coisas boas! Mania que as pessoas têm em colocar o ruim para o fim.
Todos esqueceram que o arco-íris vem depois da trovoada? 
Que a linda possa de lama para alegria infantil só vem depois da trovoada?
E que a santa trovoada só vem depois do sol escaldante?


    

  Pois assim, dou real início a esse conto. Com o ruim. Como diria o Autor português Mia Couto: “Antes de ganhar confiança em celestiais criaturas, aprendi a temer monstros, fantasmas e demónios. Os anjos, quando chegaram, já era para me guardarem, servindo como agentes da segurança privada das almas. Nem sempre os que me protegiam sabiam da diferença entre sentimento e realidade.”

Para conhecer Bleue passei pelo processo de conhecimento da superfície da alma de Beatrice. E, definitivamente, não foi fácil. Ora, como se passar ileso por uma entrega de almas amigas? Adriana Falcão já dizia que “Ser amigo é não me importar comigo, é me emprestar para o outro”. Tinha muralhas diante de nossos olhos. 
     A amizade começou pelos pés. O andar era atrativo aquela atriz que começou sua carreira com musicais em cabaré. E por estar, na época em que nossas essências acenaram uma à outra, adaptada ao doce amargo que era o cheiro adulto daquele antro, adaptada as relíquias que traziam os olhares dos homens que ali iam depositar o desgosto de crescer, ela não viu o modo de compartilhar de amicitia, era fraterna sim e um tanto, já que sua alma possuía o bem que vem do inexplicável. 

Beatrice sempre foi diante de sua rispidez a mais doce criatura das fétidas ruas boemias em que vivíamos. Numa madrugada porém, o que já não era desconhecido passava a ser insubstituível: Estava ela saindo de seu trabalho, exausta de seus cantos e cantadas, com saltos absurdamente escandalosos (não mais que seus olhos naturais e chamativos) numa chuva leve e reconfortante quando esbarrei nela, na minha nada bela tentativa de falar-lhe.
 
-Desculpe-me Srta. Beatrice.
-Pois então não olhas por onde andas?

 
Com meu guarda-chuvas  e olhar pequeno e desconfiado de criança que pega comida da mesa escondido dos anfitriões, lhe ofereci um abrigo e uma companhia para a chuva.
 
E assim adiamos o instante de febril discursão.
 
Adiamos o primeiro não.
 
De sua parte por não usar de audaciosos ventos para flutuar nos seus sorrisos a tanto escondidos, trancafiados.
De minha parte por exatamente exalar tanta emoção a ponto de esquecer que de razão também respiramos e que sem ela somos uma pura ilusão como Sofia.
 
Pergunto:  Ainda sabes quando é delicioso correr por um parque de eucaliptos sem receio do possível cansaço adulto em busca da criança perdida? Sabes quão lindo é correr atrás das borboletas?
Sabes ainda onde habita tua criança?
 
As crianças buscam o amor com afinco e zelo contudo, tanto tempo se passa até que encontrem dentro de si o conto de fadas que sonhou com externo, que escondem essa criança.
 
Se trancam entre portas pelo adulto que habita o outro.
 
Se esquecem de sua criança pelo outro.

Então bate a tristeza, o inexplicável cansaço no olhar, o desgosto pelo gosto.
 
As crianças matam suas crianças, quando encontram o amor.
 
Poucas entendem que o amor habita no livre saltitar com o sol. Com o banho de riacho.
 
Poucas entendem que amor não segura, vai junto.
 
Que o cansaço estar no matar o sorriso que você tinha por ver o sorriso reciproco.
Onde você escondeu sua criança?
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Convido vossas senhorias.. Ah venham!

domingo, 27 de novembro de 2011
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Bleue .
Para que se possa entender o porque dele ser e estar, passamos por um bocado.
Bocado esse que foi filtrado por nossas almas amigas, armazenado em potes imensos de lembranças empoeiradas e sensações de que algo passou e não volta mais.
Sei que ele sente isso.
Confesso que eu também sinto.
E essa dualidade de quem passa é que me consome.
 
Contudo, sinto que falar de um serzinho que tem em seu diminutivo o esconderijo de sua imensidão, como uma grande caverna que começa por uma pequena fresta de audácia, perspicácia, traquinagem e doçura, não seria possível se primeiro não houvesse uma pequena viagem no breve instante em que ele, Meu amigo imaginário de toda uma eternidade me levasse a conhece-la.
Isso mesmo. Esse contar é uma reunião de apresentações e encantamento.
Beatrice.

De suas linhas escritas nasce o sol de outono.
De seus pensamentos nascem doces violetas.
De seus desenhos graça e vontade.
Com seus ditos pude experimentar e logo um tempo depois ver outros também embarcarem num  ingênuo passeio de encontro a si.


Logo digo que é pouco estranho, já dizia um mestre que Pensar dói.
Submeter-se ao conhecimento de si para o mundo, dói mais ainda.
Talvez acharíamos alguém que desistisse.
Mas não resistir ao doce mistério de mim.
Nem ela ao doce que já é.
No seu ar de atriz experiente, por muito vi através de Bleue o arrastar de suas saias longas, sua sobrancelha definida, absurdamente definida e , cá entre nós, é nelas que ainda hoje procuro o segredo da segurança. Pois são elas que fazem Beatrice não passar por passar numa rua movimentada.

Agora lhes faço um convite. Vamos?
Ao túnel de pensamentos contraditórios e, numa mesma proporção, exatos?


Logo aviso:
Não cabe a ninguém nesse contar expor seus julgamentos meramente humanos.
Lado não divino de o ser.
Desejo que os olhares sejam de sede de aprendizado nesse universo misticamente pueril que nos inundou.

Pois tudo começou com o fim de um caderno em preto e branco e o não meses depois de ambas.
Não ao gosto pelo sofrer, tão comuns a nossa espécie.
Não a dor exposta por não ter ainda abraço tão preciso a retirar com voracidade.
Não ao que ainda estava imaturo.



Desde já : sejam bem-vindos ao doce encantar de nosso parahlam.

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‘É vai ver é só saudar o sol..’

sexta-feira, 25 de novembro de 2011
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Somos como um infindável livro. As informações pairam sobre nossa pele como a sensação de paz paira pelo cenário onde uma criança recebe carinho antes de dormir.
Tudo de início é atropelo. É o desejo de ler no prólogo o fim. De abrir o livro, fechar os olhos e então perceber que terminou.

Digo além: A ansiedade é o ‘rasgante’ defensor de Sr. Fragmentado Humano.
na ânsia por fazer entender meus pensamentos, sentidos, gostos, beliscões e todo o meu histórico.. nem dei por entender seus pensamentos, sentidos, gostos, tapas e todas suas façanhas. E então o que viria depois?

Já que amar é não saber, só sentir.
É não guardar, só seguir.
É não prender, só olhar e admirar o simples, o inacabado.
Amar não é possível. Amar é alcançar a palavra inédita que vem depois do impossível.

Ser fraterno é conhecer essa palavra para além da línguas comuns.
Contudo para que ambas pudessem tocar essa irmandade.
Para que pudéssemos, como diria um tal de menino sério, viver esse ‘ciclo de irmandade’ (deixando claro que esse termo usado por ele me deixar boquiaberta até amanhã!), eu tinha de conhece-lo.

Ora, quem mais entraria nesse contar se não ele?

Uma pequena luz ‘traçuda’ e intrometida que dizia:
-Vai! Medo eu seguro. Palavras rudes, eu seguro.
-Vai! E deixa que minhas mãos segurem  vocês quando aflitas. Pois, compreensão não é olhar com olhos pedindo choro de dó a alma. Compaixão é carinho maior, disse a terapeuta lembra? É mais que ter certezas. É duvidar. Por isso ir. Sentir o gosto de se contradizer pela causa nobre, pelo doce que é o sorriso. O olhar aliviado.


Senhoras e senhores, lhes apresento meu amigo imaginário: Bleue.

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Doce deleite da rua amarela pôr de sol.

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Traços de feliz comédia alcançavam os ares daquela casa antiga.
A fachada do portão mais parecia um menino de sobrancelhas grossas  de cara emburrada.
Eram doces os dias chuvosos de verão.
Chuva fina. As árvores frondosas que abrem a rua faziam dela o gostoso ar de caminhada de fim de tarde.
Nem só de sorrisos lembro.

Mas, como ela mesma diz, não são risos que colecionamos.
E é por isso que ainda estamos, com palavreados toscamente gargalhados, compartilhando nossas peças do Lego Vita.

Confesso que o que melhor carrego da vida, é os amigos.
Deles carrego toda a minha alma depositada.
Quase nada poderia ser achado no meu baú de memórias se não fosse pelos silêncios impares que só um amigo é que capaz de abraçar.

Espero que vocês saibam que as almas carregam nossos corpos forçosamente ao encontro dos grandes amigos da eternidade! É isso que elas fazem de melhor. Como um professor que deseja a todo custo lhe passar a matéria inteira.
Somos substancias incompletas de uma alma só.
Somos complementos de uma grande força.

Amicitia.
Esta é a força maior que rege amores e compaixão.
Pergunto o que são os seres humanos sem os seres humanos?
E que fique claro que falo por mim.
Pequenas coisas como a confusão entre sal e cal, trazem sorrisos tão prazerosos que só quem vive poderá entender.
Mas isso fica para mais tarde.

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Pint'

 

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